No passado, dia 16 de dezembro, procedeu-se à entrega dos prémios e dos certificados de participação no concurso "Presépios de Natal 2011". Este evento foi dinamizado pela disciplina de Educação Moral e Religião Católica com a colaboração da Biblioteca Escolar. Participaram no concurso alunos do 8.º ano.
Escritor do mês de dezembro
ALVES REDOL
António Alves RedoL, Nasceu a 29 de Dezembro de 1911, em Vila Franca de Xira e faleceu a 29 de Novembro de 1969, em Lisboa.
Romancista e dramaturgo, filho de um pequeno comerciante ribatejano, obteve um curso comercial, conheceu em Angola a pobreza e o desemprego e desenvolveu em Lisboa várias actividades profissionais. Militante do partido comunista e empenhado na luta de resistência ao regime salazarista, compreendeu a literatura como forma de intervenção social, sendo um dos seus primeiros romances, Gaibéus , considerado um dos textos literários fundadores da narrativa neo-realista. Ao longo de uma longa e coerente produção literária, Alves Redol trouxe para o romance personagens, temas e situações, ignorados pela literatura, postura que lhe valeu, simultaneamente, o êxito junto de um grande público e o ataque impiedoso da crítica, que apontava como deficiências de escrita a linguagem simples da sua prosa e o esquematismo das tramas romanescas.
Acusações que pareciam corroboradas pela despretensão e modéstia literárias manifestadas pelo autor nas epígrafes das suas obras, como sucede em Gaibéus , precedido do aviso de que "Este romance não pretende ficar na literatura como obra de arte. Quer ser, antes de tudo, um documentário humano fixado no Ribatejo. Depois disso, será o que os outros entenderem". No prefácio a Barranco de Cegos (Lisboa, 1970), Mário Dionísio compara o destino da obra de Redol ao dos romances de Zola, que ao escolher temas malditos, como o operariado e os conflitos sociais, recebeu durante anos a aversão dos críticos, até ser redescoberto em leituras inovadoras que revelaram a estrutura épica dos seus romances e a reformulação de mitos contemporâneos nessa prosa chocante, intensa, por momentos quase surrealista.. Romances
1939 - Gaibéus
1941- Marés
1942- Avieiros
1943- Fanga
1945 - Anúncio
1946 - Porto Manso
1949 - Horizonte Cerrado
1951 - (?) Os Homens e as Sombras
1953 - (?) Vindima de Sangue
1954 - Olhos de Água
1958 - A Barca dos Sete Lemes
1959 - Uma Fenda na Muralha
1960 - Cavalo Espantado
1961 - Barranco de Cegos
1966 - O Muro Branco
1972 - Os Reinegros
Teatro
1948- Forja
1966 - Teatro I - Forja e Maria Emília
1967 - Teatro II - O Destino Morreu de Repente
1972 - Teatro III - Fronteira Fechada
Contos
1940- Nasci com Passaporte de Turista
1944- Espólio
1946- Comboio das Seis
1959- Noite Esquecida
1962 - Constantino Guardador de Vacas e de Sonhos
1963 - Histórias Afluentes
1968 - Três Contos de Dentes
Literatura Infantil
1956 - A Vida Mágica da Sementinha
1968 - A Flor Vai Ver o Mar
1968- A Flor Vai Pescar Num Bote
1969 - Uma Flor Chamada Maria
1970 - Maria Flor Abre o Livro das Surpresas
Defino-me numa palavra: original. Pode nem ser o vocábulo que outros utilizariam para me melhor descrever, porém é uma palavra que eu gosto de utilizar.
Não gosto, nem quero, que me chamem modesto: as minhas capacidades são o que eu sou, logo não as posso fechar num armário. Ignorá-las, escondê-las, fingindo que não existem não seria mais que um frio exercício de hipocrisia da minha parte. E hipócrita é o que eu não sou. Responsável, atento, dedicado, amigo, inteligente, vaidoso e talvez até mesmo teimoso, são alguns dos adjetivos que usam quando me querem caracterizar. E eu deixo que me chamem isso e muito mais, se assim o quiserem.
Já ouvi “ chato”, mas dessa não gosto. No meu íntimo, durante os meus longos momentos de reflexão até posso concordar, mas não admito quando outro me diz. Não é que não tenham razão. Mas se o querem dizer, façam-no quando estiverem num qualquer lugar onde eu não o possa ouvir ou sentir.
O que eu sou é isto e mais! Todavia, o que aqui não disse vou guardar num lugar escondido, oculto no canto mais longínquo do meu ser, pois todos temos de guardar algo para nós, ou não?
(João Madeira, adaptado do texto “Quem Sou Eu?”)
Final do Concurso Nacional de Leitura
A final da V Edição do Concurso Nacional de Leitura realizou-se, no dia 21 de Maio de 2011, em Lisboa (Matinha), no décor do “Quem Quer ser Milionário” no estúdio Nova Imagem.
A Escola Secundária Dr. Ginestal Machado esteve presente, nesse evento, com a participação do aluno João Filipe Quintas Madeira do 9.º A que obteve o 1.º Prémio a nível Nacional, no tocante ao 3º Ciclo.
A Escola Secundária Dr. Ginestal Machado esteve presente, nesse evento, com a participação do aluno João Filipe Quintas Madeira do 9.º A que obteve o 1.º Prémio a nível Nacional, no tocante ao 3º Ciclo.
BiblioFilmes Festival – Viva o Livro!
A nossa escola venceu o concurso:
BiblioFilmes Festival – Viva o Livro! na categoria - Melhor Trailer enviado por uma Escola
Trailer premiado: Adrian Mole na crise da adolecência
Professor orientador do Projecto: Nelson MatiasEscritor do mês de Abril
José Maria Eça de Queirós nasceu na Póvoa do Varzim em 25 de Novembro de 1845. Curiosamente (e escandalosamente para aquela época), foi registado como filho de José Maria d`Almeida de Teixeira de Queirós e de mãe ilegítima.
O seu nascimento foi fruto de uma relação ilegítima entre D. Carolina Augusta Pereira de Eça e do então delegado da comarca José Maria d`Almeida de Teixeira de Queirós. D. Carolina Augusta fugiu de casa para que a sua criança nascesse afastada do escândalo da ilegitimidade.
O pequeno Eça foi levado para casa de sua madrinha, em Vila do Conde, onde permaneceu até aos quatro anos. Em 1849, os pais do escritor legitimaram a sua situação, contraindo matrimónio. Eça foi então levado para casa dos seus avós paternos, em Aveiro, onde permaneceu até aos dez anos. Só então se juntou aos seus pais, vivendo com eles no Porto, onde efectuou os seus estudos secundários.
Em 1861, matriculou-se na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Aqui, juntou-se ao famoso grupo académico da Escola de Coimbra que, em 1865, se insurgiu contra o grupo de escritores de Lisboa, a apelidada Escola do Elogio Mútuo.
Esta revolta dos estudantes de Coimbra é considerada como a semente do realismo em Portugal. No entanto, esta foi encabeçada por Antero de Quental e Teófilo Braga contra António Feliciano de Castilho, pelo que, na Questão Coimbra, Eça foi apenas um mero observador.
Terminou o curso em 1866 e fixou-se em Lisboa, exercendo simultaneamente advocacia e jornalismo. Dirigiu o Distrito de Évora e participou na Gazeta de Portugal com folhetins dominicais, que seriam, mais tarde, editados em volumes com o título Prosas Bárbaras.
Em 1869 decidiu assistir à inauguração do Canal do Suez. Viajou pela Palestina e daí recolheu variada informação que usou na sua criação literária, nomeadamente nas obras O Egipto e A Relíquia.
Por influência o seu companheiro e amigo universitário, Antero de Quental, entregou-se ao estudo de Proudhon e aderiu ao grupo do Cenáculo. Em 1870, tomou parte activa nas Conferências do Casino (marca definitiva do início do período realista em Portugal) e iniciou, juntamente com Ramalho Ortigão, a publicação dos folhetins As Farpas.
Decidiu entrar para o Serviço Diplomático e foi Administrador do Concelho em Leiria. Foi na cidade do Lis que elaborou O Crime do Padre Amaro. Em 1873 é nomeado Cônsul em Havana, Cuba. Dois anos mais tarde, foi transferido para Inglaterra, onde residiu até 1878. Foi em terras britânicas que iniciou a escrita d` O Primo Basílio e começou a arquitectar Os Maias, O Mandarim e A Relíquia. De Bristol e Newcastle, onde residia, enviou frequentemente correspondência para jornais portugueses e brasileiros. No entanto, a sua longa estadia em Inglaterra encheu-o de melancolia.Em 1886, casou com D. Maria Emília de Castro, uma senhora fidalga irmã do Conde de Resende. O seu casamento é também sui generis, pois casou aos 40 com uma senhora de 29.Em 1888 foi com alegria transferido para o consulado de Paris. Publica Os Maias e chega a publicar na imprensa Correspondência de Fradique Mendes e A Ilustre Casa de Ramires.Nos últimos anos, escreveu para a imprensa periódica, fundando e dirigindo a Revista de Portugal. Sempre que vinha a Portugal, reunia em jantares com o grupo dos Vencidos da Vida, os acérrimos defensores do Realismo que sentiram falhar em todos os seus propósitos.
Morreu em Paris em 1900.
QUAL O ANO DA PUBLICAÇÃO DOS MAIAS?
Escritor do mês de Março
EUGÉNIO DE ANDRADE
Nasceu na freguesia de Póvoa de Atalaia (Fundão) em 19 de Janeiro de 1923. Fixou-se em Lisboa aos dez anos, com a mãe, que entretanto se separara do pai.
Frequentou o Liceu Passos Manuel e a Escola Técnica Machado de Castro, tendo escrito os seus primeiros poemas em 1936, o primeiro dos quais, intitulado Narciso, publicou três anos mais tarde.
Em 1943 mudou-se para Coimbra, onde regressa depois de cumprido o serviço militar convivendo com Miguel Torga e Eduardo Lourenço. Tornou-se funcionário público em 1947, exercendo durante 35 anos as funções de Inspector Administrativo do Ministério da Saúde. Uma transferência de serviço levá-lo-ia a instalar-se no Porto em 1950, numa casa que só deixou mais de quatro décadas depois, quando se mudou para o edifício da Fundação Eugénio de Andrade, na Foz do Douro.
Durante os anos que se seguem até hoje, o poeta fez diversas viagens, foi convidado para participar em vários eventos e travou amizades com muitas personalidades da cultura portuguesa e estrangeira, como Joel Serrão, Miguel Torga, Afonso Duarte, Carlos Oliveira, Eduardo Lourenço, Joaquim Namorado, Sophia de Mello Breyner Andresen, Teixeira de Pascoaes, Vitorino Nemésio, Jorge de Sena, Mário Cesariny, José Luís Cano, Ángel Crespo, Luís Cernuda, Marguerite Yourcenar, Herberto Helder, Joaquim Manuel Magalhães, João Miguel Fernandes Jorge, Óscar Lopes, e muitos outros.
Recebeu um sem número de distinções, entre as quais o Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986), Prémio D. Dinis da Fundação Casa de Mateus(1988), Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1989) e Prémio Camões (2001).
Faleceu a 13 de Junho de 2005, no Porto, após uma doença neurológica prolongada.
Eugénio foi galardoado com inúmeras distinções,entre as quais:
Prémio Pen Clube (1986)
Prémio da Associação Internacional de Críticos Literários (1986)
Prémio D. Dinis (1988)
Prémio Jean Malrieu (França, 1989)
Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (APE) (1989)
Prémio APCA (Brasil,1991)
Prémio Europeu de Poesia da Comunidade de Varchatz (República da Sérvia, 1996)
Prémio Vida literária da APE (2000)
Prémio Celso Emilio Ferreiro (Espanha, 2001)
Prémio Camões (2001)
Prémio PEN (2001)
Doutoramento "Honoris Causa" pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto (2005).
Em Setembro de 2003 a sua obra "Os sulcos da sede" foi distinguida com o prémio de poesia do Pen Clube.
(Fonte Wikipédia)
QUAL O NOME DO ESCRITOR EUGÉNIO DE ANDRADE?
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